quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

História dos Açores

Com quase seis séculos de presença humana continuada, os Açores alcançaram um lugar importante na História de Portugal e na história do Atlântico.
Constituíram-se em escala para as expedições dos Descobrimentos e para naus da chamada Carreira da Índia, das frotas da prata, e do Brasil.
Contribuíram para a conquista e manutenção das praças portuguesas do Norte de África durante a crise de sucessão de 1580 e das Guerras Liberais (1828-1834).
Durante as duas Guerras Mundiais e até aos nossos dias de hoje, os Açores são apoio estratégico vital para as forças Aliadas para centro de comunicações e apoio à aviação militar e comercial.
Referem que o descobrimento das primeiras ilhas (São Miguel, Santa Maria, Terceira) foi efectuado por marinheiros ao serviço do Infante D. Henrique, embora não haja qualquer documento escrito que por si só confirme e comprove tal facto.
Uma carta do Infante D. Henrique, datada de 2 de Julho de 1439 e dirigida ao seu irmão D. Pedro, é a primeira referência segura sobre a exploração do arquipélago.
Nesta altura, as ilhas das Flores e do Corvo ainda não tinham sido descobertas, o que aconteceria apenas cerca de 1450, por obra de Diogo de Teive. Entretanto, D. Henrique, com o apoio da sua irmã D. Isabel, povoou a ilha de Santa Maria.
Os portugueses começaram a povoar as ilhas por volta 1432, oriundos principalmente do Algarve, do Alentejo e do Minho, tendo-se registado, em seguida, o ingresso de flamengos, bretões e outros europeus e norte-africanos.
No século XVII, também as matérias-primas tintureiras sofreriam uma recessão, sendo substituídas pelo linho e laranjas, que, por seu lado, registaram um impulso extraordinário.
Nesta altura, foi introduzida a produção de milho, sendo esta significativa para as melhorias alimentares da população e também como apoio à pecuária.
A primeira exportação de laranjas surgiu no século XVIII, numa altura em que foi também introduzida a cultura da batata.
Em finais de Setecentos, regista-se o início de uma das mais expressivas e emblemáticas actividades económicas açorianas: a caça ao cachalote e a outros cetáceos. Na ilha de São Miguel, tanto a produção de chá como a produção do tabaco, revelar-se-iam muito importantes para a economia da ilha.
As regiões autónomas foram consagradas na Constituição Portuguesa de 1976.
Os órgãos de governo próprio de cada região são a Assembleia Legislativa e o Governo Regional.
O Representante da República é o representante do Chefe do Estado em cada região autónoma.
É nomeado pelo presidente da República, após consulta ao Conselho de Estado.
Cabe-lhe assinar e mandar publicar os decretos da Assembleia e do Governo Regional, tendo, no entanto, o direito de veto, que pode ser ultrapassado por votação qualificada da Assembleia Legislativa.
O mandato do Representante da República tem a duração do mandato do Presidente da República.

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